El elevador del Bom Jesus, en Braga, es todo un clásico. Tanto y tan bien se conserva que, llegados al acceso del recinto que ocupa, observamos que incluso por los letreros ("Sahida") no ha pasado el tiempo. Es como sumergirnos en una realidad de siglos pasados... al vivir la experiencia de subir y bajar la montaña en este elevador (2,50 euros cuesta actualmente el billete de ida y vuelta). 

Cerrado durante los tiempos duros de la pandemia, el elevador del Bom Jesús, en Braga, está reabierto desde hace meses y ahí va y viene, sube y baja, mediante un curioso mecanismo : uno de los dos vagones, el que esté situado arriba, en la zona del Santuario, llena allí su depósito de agua. Cuando luego llega abajo, a la entrada del recinto del elevador, suelta el agua que portaba en su interior. La diferencia de peso entre uno y otro vagón, hace que... el que no lleva agua suba la montaña con facilidad, accionándose al respecto una especie de cremallera y subiendo y bajando ambos vagones por las vías dispuestas en una enorme inclinación como puede observarse en las fotos de ARAÚJO MACEIRA, de quien es la autoría del reportaje gráfico que acompaña estas líneas.


Para se rumar ao santuário do Bom Jesús podemos utilizar três vias: a estrada; o escadório; e o ascensor-elevador. Sobre os flancos da pintoresca montanha, onde os passos dolorosos da paixão estão ordenados no poema do sacrifício de Cristo, está assente o famoso ascensor-elevador do Bom Jesus, que sobe um desnível de cento e dezasseis metros por um plano inclinado de duzentos e sessenta e sete metros.
Operado pela Confraria do Bom Jesus do Monte, liga a parte baixa da montanha ao Santuário, seguindo um percurso paralelo ao do escadório, terminando, na parte mais alta, junto à estátua equestre de São Longuinhos.
Sendo o primeiro funicular construído na Península Ibérica, é atualmente o mais antigo, em serviço, no mundo a utilizar o sistema de contrapeso de água.
Deve-se esta iniciativa a um dos mais importantes benfeitores desta formosa estância, ao espírito empreendedor e bairrista de Manuel Joaquim Gomes, empresário bracarense.
O ascensor foi construído com o objetivo de substituir a Companhia de Carris de Ferro Americano (veículos sobre carris puxados por cavalos), que originalmente se estendia até ao santuário e que obrigava a uma tração animal reforçada na íngreme subida, em dias de maior afluência.
O projeto foi da autoria do engenheiro suíço Nikolaus Riggenbach.
Os trabalhos foram iniciados em março de 1880, com colaboração técnica do engenheiro português de ascendência francesa Raul Mesnier du Ponsard.
O dia 25 de março de 1882 está associado à inauguração do elevador, um exemplar classificado como Imóvel de Interesse Público e que funciona como ícone da engenharia portuguesa do século XIX.
(Com informação da Confraria do Bom Jesus do Monte).