Se aviva aún más la polémica en "el Braga") «Aceitarão os sócios dinheiro manchado com o sangue de inocentes?»
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Imagen de la retransmisión televisiva del partido de la UEFA Europa League jugado en Bélgica |
rbtribuna.
La polémica sobre el desembarco del fondo soberano de Qatar en el accionariado del Sporting de Braga Sociedade Anónima Desportiva no solo continúa sino que aumenta. Mientras no faltan socios-adeptos del club que se manifiestan partidarios de renunciar a lo que sea con tal de tener a los qatarís incluso mandando en la SAD, otros se manifiestan radicalmente en contra de la presencia de los que también son dueños del Paris Saint Germain, entre otros territorios deportivos. La polémica se aviva por momentos y hay quien no se anda por las ramas, como el conocido grupo de adeptos del Braga denominado "Bracara Legión", autores de la pancarta exhibida en pleno partido de la UEFA Europa League, jugado en Bélgica esta semana.Após ontem, no jogo da Liga Europa, com os belgas da Union St. Gilloise, a claque Ultras Bracara Legion ter exibido uma tarja, em inglês, com a mensagem «Qataris Slavers Are Not Welcome» ou, em português, «Esclavagistas cataris não são bem-vindos», em referência direta à aquisição de mais de 20 por cento do capital da SAD do SC Braga, por parte do grupo financeiro Qatar Sports Investments (QSI), que detém o Paris Saint-Germain, foi ainda mais longe, esta sexta-feira em comunicação através da página oficial na rede social Facebook.
«Não embarcamos em ilusões de investimentos milionários e promessas de títulos, conhecemos bem essa falsa retórica e sabemos como é que ela acabou em clubes como o Desportivo das Aves,Os Belenenses, União de Leiria, Leixões, entre muitos outros casos», destacam os Ultras Bracara Legion, que prosseguem: «Se já não víamos com agrado a participação da Olivedesportos na estrutura accionista (fruto das décadas de contributo para a opacidade nos meandros do futebol português e para a destruição do futebol popular), com mais desconfiança observamos a entrada da QSI, cujos “mandantes” estão manifestamente envolvidos na prática de crimes hediondos, de como são exemplo as milhares de mortes de trabalhadores escravizados que laboravam na construção das estruturas para o Mundial deste ano.»
A conhecida claque bracarense conclui: «Não sabemos ainda quais os reais intentos da QSI, mas sabemos com certeza que não é a paixão pelo clube que os move, e como tal ficaremos alerta e vigilantes às movimentações operadas por esta gente. Resta-nos deixar uma questão no ar: Aceitarão os associados do Sporting Clube de Braga, a troco dum “pretenso” aumento de competitividade, dinheiro manchado com o sangue de inocentes? Esperemos em breve por essa resposta, a nossa foi dada ontem de forma cabal e inequívoca!»
A propósito da polémica, recorde-se que já em 2016, o grupo de direitos humanos Amnistia Internacional acusou o Catar de usar trabalho forçado, acusando os governantes daquele país do Médio Oriente de colocarem os trabalhadores a viver em condições precárias, salários retidos e passaportes confiscados. Desde 2017, sob pressão, o governo catari apresentou medidas como a proteção para o calor excessivo, o limite de horas de trabalho e prometeu melhores condições nos acampamentos de trabalhadores, contudo, o grupo Human Rights Watch transmitiu, num relatório de 2021, que os trabalhadores estrangeiros continuavam a sofrer «deduções salariais punitivas e ilegais e meses de salários não pagos por longas horas de trabalho exaustivo», assegurando que, apesar da abolição do sistema de kafala que impedia a saída dos imigrantes dos seus empregos sem consentimento do empregador, a pressão continuava a ser exercida sobre os funcionários.
Também recentemente, a antiga lenda do Manchester United, Eric Cantona, criticou, pelas mesmas razões, e de forma aberta, David Beckham por o inglês ter aceite tornar-se embaixador do Mundial 2022.