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Es una vergüenza. Es muy cierto, Caminha y A Guarda son dos municipios discriminados. Quieren vivir muchas cosas en común pero el río les separa en vez de unirles. Es incomprensible que en pleno siglo XXI no se hayan articulado soluciones adecuadas para que haya un servicio de ferry constante, todos los días del año, que una ambas poblaciones. Siempre aparece por medio que si el dragado del río, que si las arenas, que si no sé qué y que si no sé cuántos... Pasan los años y Caminha y A Guarda viven -contra su voluntad- separadas... Hay que hacer algo, ya mismo, con decisión y con coraje por parte de los responsables de España -y aquí la Xunta tiene mucho que hacer y decir- y Portugal, algo que merezca la pena y que sea solución estable...

Caminha e a A Guarda querem ligação efetiva regular e segura do rio Minho, destacaba esta semana en portada el Diario do Minho
A ligação através do ‘ferryboat’ Santa Rita de Cássia está interrompida desde maio devido a “problemas graves” no cais galego.
Os autarcas de Caminha, Alto Minho e, A Guarda, na Galiza, querem ver incluída na agenda da próxima Cimeira Ibérica, em Viana do Castelo, “a possibilidade de concretização de uma ligação efetiva, regular e segura entre estes dois povos”.
Em declarações à agência Lusa, a propósito de um comunicado enviado às redações pela autarquia de Caminha, o presidente, Rui Lages, disse que o objetivo é “garantir uma ligação permanente” e, “no mais curto espaço de tempo”, entre os dois municípios transfronteiriços.
Rui Lages adiantou que, “no imediato”, a solução passa por substituir o ‘ferryboat’ Santa Rita de Cássia, que liga o município a A Guarda, por uma embarcação elétrica e pelo desassoreamento do canal de navegação.
“Estamos a falar de uma embarcação mais moderna, mais amiga do ambiente, movida a energias renováveis ou sustentáveis e da necessidade de ser feita uma pequena intervenção de desassoreamento do canal de navegação. As nossas estimativas de investimento, nesse projeto, rondam os 8 a 8,5 milhões de euros”, sublinhou.

Na carta conjunta que Rui Lages e, o seu congénere de A Guarda, António Lomba, enviaram à Ministra da Coesão Territorial Ana Abrunhosa, apelam “à sensibilização da governante para o tema” durante a Cimeira Ibérica, e afirmam “estar em causa a união de dois povos, que desde sempre viram o rio Minho como um espaço comum que os une, mas que, nos últimos tempos, tem sido um espaço que os tem separado, por contingências alheias aos dois concelhos”.
O ‘ferryboat’ Santa Rita de Cássia, que liga a vila de Caminha, a A Guarda, começou a cruzar o rio Minho em 1995, mas ao longo dos anos a travessia esteve várias vezes interrompida, em algumas situações por largos períodos, ou devido a avarias na embarcação ou pelo assoreamento do canal de navegação.
Desde maio último, a ligação através do ‘ferryboat’ Santa Rita de Cássia está interrompida devido a “problemas graves” no cais galego que impede a atracação do ‘ferry’ na margem galega com o mínimo de segurança”.

Na altura, em comunicado enviado às redações, a Câmara de Caminha adiantou que nas condições em que se encontra o cais, “não seria possível obter sequer autorização das autoridades marítimas e fluviais para a operação”.
A autarquia sublinhou que “o problema é complexo e transcende o município de A Guarda”, sendo que “a empreitada para a reparação da infraestrutura é da responsabilidade dos Portos de Galiza, que está sobre alçada do Governo Regional”.

Na carta que agora enviaram à ministra da Coesão Territorial, os dois autarcas referem que “a intervenção, da ordem dos 500 mil euros, não estará solucionada antes do verão do próximo ano”.
“Do lado português, o ‘ferry’ encontra-se operacional, mas parado, sendo certo também que a embarcação, de idade avançada, necessita de ser substituída por outra mais eficaz, movida a energias mais limpas e amigas do ambiente, com menor calado e capaz de superar as questões do assoreamento do rio Minho”, defendem os autarcas na carta enviada à ministra da Coesão Territorial.
Rui Lages adiantou que o AECT Rio Minho está a desenvolver estudos sobre soluções de ligação entre os dois municípios transfronteiriços
Para os dois autarcas são “motivos de sobra para, aproveitando a presença dos líderes dos dois países, discutir a questão ao mais alto nível já no dia 04 de novembro, em Viana do Castelo, na 33.ª Cimeira Luso-Espanhola, que será presidida pelo primeiro-ministro, António Costa e, pelo presidente do Governo de Espanha, Pedro Sanchéz.
Caminha é único concelho do vale do Minho, no distrito de Viana do Castelo, que depende do transporte fluvial para garantir a ligação à Galiza.
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