Um romancista norte-americano, judeu, considerado um dos grandes contadores de histórias nos Estados Unidos, chamado Philip Roth (1933-2018) escreveu o seguinte :
“Houve um tempo em que pessoas inteligentes usaram a literatura para pensar. Esse tempo está-se a acabar.”
Também tenho essa impressão. As pessoas leem menos e algumas nunca leram um livro por prazer, não por não saberem ler, mas porque não têm interesse. Isto é mais verdade nos jovens, na tal “juventude mais preparada de sempre” que também quase não vê televisão e que passa o tempo olhando para o telemóvel em casa, na rua, nos transportes, etc.
Com facilidade podemos ver pessoas sentadas à mesma mesa do restaurante, olhando para os telemóveis, recebendo e respondendo a mensagens e sem falarem com os que lhes estão próximos.
Mudaram-se os tempos, os hábitos.
O tal “google” pode dar uma informação imediata, uma resposta, mas não cultura.
As bibliotecas terão cada vez menos procura e uma boa parte das obras literárias já estão em suporte virtual.
Haverá quem, como eu, ainda prefira o livro em papel. Somos é poucos, cada vez menos, o que não quer dizer que seja pior ou melhor. Só diferente…
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Maio de 2023

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RBTRIBUNA by MANUEL PERALTA GODINHO e CUNHA
Blogue Partebilhas

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