En el borde Suroeste de la Eurorregión Galicia Norte de Portugal, hablamos hoy de la llamada Linha do Vouga, línea ferroviaria de via estrec...
En el borde Suroeste de la Eurorregión Galicia Norte de Portugal, hablamos hoy de la llamada Linha do Vouga, línea ferroviaria de via estrecha que, si un día están terminadas las obras de mejora, debe unir al completo una circular que va desde Espinho hasta Aveiro, pasando por poblaciones entre otras como São João da Madeira, Oliveira de Azeméis y Águeda, una zona con alta densidad de población que antaño tenía un servicio ferroviario que se fue deteriorando con el paso del tiempo y que ahora luchan por mejorar.
El diputado e ingeniero experto en temas ferroviarios, José Carlos Barbosa, nos explicaba este sábado una solución de futuro, un ejemplo que aplicado en la llamada Linho do Vouga -y otras similares- sería todo un éxito...
Por José Carlos Barbosa
Tenho acompanhado de perto os movimentos a favor do BRT, que tomam Bogotá, na Colômbia, como modelo. No entanto, prefiro continuar a focar-me nos melhores modelos, como é o caso do modelo ferroviário suíço. Se queremos crescer temos de olhar para cima, já dizia o meu avô..
Partilho convosco o exemplo de uma linha ferroviária métrica na região de Lausanne, na Suiça. O LEB tornou-se um exemplo de eficiência e sustentabilidade no transporte público!
Com o aumento do uso do automóvel, esta linha, inicialmente construída para desenvolver a região, poderia ter sido esquecida. Contudo, quem conhece a Suíça sabe que o investimento no transporte ferroviário é sempre uma prioridade.
E assim foi: do lado da oferta, estabeleceram horários cadenciados, com uma frequência de 15 minutos (30 minutos em horários de menor movimento), das 5h até à meia-noite.
Do lado das infraestruturas, sendo a linha de via única, construíram-se vários desvios ativos para aumentar a capacidade. A peça central desta transformação foi a construção de um túnel de 1,7 km, com um investimento de 166 milhões de francos suíços, ligando diretamente ao centro de Lausanne.
Por fim, foram introduzidos comboios novos, super confortáveis, com rápida aceleração, permitindo tempos de viagem mais curtos e paragens rápidas, garantindo um serviço pontual e eficiente.
Resultado: Mais de 10.000 passageiros diários numa região de densidade média. Um contributo essencial para o ordenamento do território, com programas de densificação urbana junto às estações, ajudando a aliviar a pressão no centro da cidade. Sim! A ferrovia é vital para ajudar a resolver a crise na habitação na Europa.
E o futuro já está planeado e em execução: até 2035, o objetivo é ter comboios a cada 10 minutos! Um investimento de 9 dígitos a ser implementado ao longo da próxima década.
Por cá, só precisamos de seguir os melhores exemplos, em vez de realizarmos reuniões secretas — que rapidamente se tornam públicas — com a intenção de desmantelar a linha do Vouga, para transformar em bitola ibérica. A história de Portugal mostra-nos que a maioria das linhas métricas, cujos carris foram retirados, nunca mais voltaram a ter comboios…