"CP : um grave descarrilamento") Viajar en los trenes portugueses, "aventura" garantizada...
rbtribuna
El panorama del ferrocarril en Portugal sigue de mal en peor. Por mucho que disimule el actual Gobierno del PSD y su aliado CDS, la realidad es que los serviciois que la CP presta son en muchas ocasiones de escándalo. Y algunos, como sucede frecuentemente en la línea del Oeste, ya ni los presta, se suprimen de repente trenes en la mayor de las impunidades... dejando colgada a la gente usuaria, etc. etc. etc. Materiales en mal estado, trenes sucios cada dos por tres y aventuras como la que con todo detalle ha contado este buen señor, ciudadano de prestigio que en Facebook relata un delirante caso... en el que le ha tocado soportar un desastre más. Veamos...
Por Jorge Castilho
CP: UM GRAVE
DESCARRILAMENTO
No passado dia 19 (uma sexta-feira) tive de deslocar-me a Braga. Como sempre faço, adquiri uns dias antes, no site da CP, o bilhete para o Intercidades com partida de Coimbra-B às 11H35 e chegada a Braga às 13H27, a tempo do almoço agendado.
Chegado à lastimável estação de Coimbra-B (agora em caóticas obras), sou informado pelo sistema sonoro de que o meu comboio (IC 721), proveniente de Lisboa - Santa Apolónia, circulava “com um atraso de uma hora e dez minutos”!
Na desconfortável sala de espera, com um frio de rachar, lá fui fazendo telefonemas a anunciar o meu atraso, a desmarcar compromissos e a tentar não perder a paciência. Às 12H45 o comboio apareceu, repleto de passageiros revoltados. E lá partimos em direcção ao Norte.
Mas o pior ainda estava para vir…
Pouco antes de chegarmos a Vila Nova de Gaia, somos informados, pela instalação sonora da carruagem, que “devido ao grande atraso”, o trajecto entre Porto-Campanhã e Braga fora anulado. Os passageiros para Braga deveriam dirigir-se ao comboio suburbano que os esperava em Campanhã e os conduziria ao seu destino.
Sucede que esse comboio era o da ligação normal, que já estava quase cheio quando a ele nos dirigimos os expulsos do Intercidades. E éramos muitas dezenas de pessoas, grande parte estrangeiros com crianças, muitas malas volumosas e outra bagagem.
Foi o caos!...
Ainda tentei entrar numa das carruagens, mas mostrou-se impossível, pois corria o risco de esmagar ou ser esmagado – eu que, ironicamente, tinha pago um bilhete de 1.ª classe, agora classificado como “Conforto”…
A alternativa foi recorrer à Rede Expresso e seguir de autocarro para Braga (e aí foi outra aventura, que agora não vem ao caso).
Pernoitei em Braga e deveria regressar a Coimbra no dia seguinte, no Intercidades das 14H04 (IC 722). E digo deveria porque, de facto, a fazer fé na instalação sonora da estação de Braga, o comboio sairia a essa hora. Mas não saiu, não estava lá!...
Nenhuma explicação foi dada pela instalação sonora. Dirigi-me à bilheteira, para tentar obter um esclarecimento. A senhora que me atendeu, aparentemente também ela surpreendida, lá fez uma ligação telefónica, informando-me que o meu comboio vinha com atraso, mas logo que chegasse demoraria apenas o tempo necessário para saírem os passageiros que chegavam e entrarem os que partiam.
Da instalação sonora continuava a não sair qualquer informação.
No cais, nem um elemento da CP a esclarecer o que se passava. Apenas duas funcionárias de balde e vassoura aguardavam, para proceder à limpeza dos comboios que chegassem.
Muitos estrangeiros, com crianças e bagagens volumosas, não escondiam o seu espanto e preocupação pela falta de informações.
E lá se ia tentando não desesperar, aguardando nos gélidos e sujos bancos metálicos do cais.
Por fim lá apareceu o Intercidades vindo de Lisboa – e que, segundo a funcionária da bilheteira me garantira, demoraria escassos minutos até partir para o percurso inverso.
A verdade é que depois de todos os recém-chegados terem abandonado as muitas carruagens, e quando os que aguardavam fizeram menção de nelas entrar, eis que as portas automáticas se fecham. Mais uma vez, nenhuma explicação.
De repente o comboio começou a andar, perante o ar espantado e apreensivo dos passageiros.
Verificou-se depois que era necessária uma manobra, para a locomotiva passar, por outras linha, para o lado oposto da composição.
Entretanto começou a chover. As carruagens de primeira classe ficaram lá longe, a umas centenas de metros, numa zona descoberta, pelo que os bilhetes de “Conforto” deram direito a uma molha gelada…
Por fim, o comboio lá partiu, com cerca de 40 minutos de atraso!
Sempre sem uma explicação, sem uma justificação!…
Como nota final, refira-se que as carruagens destes comboios Intercidades estão desmazeladas por fora e sujas por dentro (encostei-me a uma porta interior e fiquei com a gabardina negra…), as casas de banho estão quase sempre imundas. Uma vergonha!
(aqui publico algumas imagens que registei nesta atribulada viagem).
GOSTO DE COMBOIOS
Ao contrário do que alguns possam pensar, eu gosto de comboios.
Por mais do que uma vez, quando era mais jovem, corri a Europa de comboio, de Norte a Sul.
E sou um utilizador frequente da CP, sobretudo dos comboios Alfa e Intercidades.
Ao longo dos últimos 12 anos, por razões profissionais, fui fazendo, pelo menos, duas viagens semanais, entre Coimbra e Lisboa.
Nos primeiros anos, à entrada na carruagem eram-nos oferecidas uma bebida e uma revista (ou um jornal). Havia também a possibilidade de nos servirem almoço ou jantar no próprio lugar.
Tudo isso desapareceu.
O serviço degradou-se, os horários quase nunca são cumpridos, a forma como os passageiros são tratados nem sempre é a mais correcta.
Como se isso não bastasse, também agora se suscitam questões de segurança, como o lamentável acidente ocorrido ontem (dia 28), em que um comboio atropelou e matou uma centena de ovelhas na zona de Montemor-o-Velho. Como é possível que não haja protecções ao longo das linhas que impeçam os animais de se aproximar? Desta vez só morreram as pobres das ovelhas. Mas da próxima o desfecho pode ser mais trágico.
Numa altura em que os países mais avançados investem na ferrovia, unanimemente considerada como o mais ecológico, o mais seguro e o mais económico meio de transporte, Portugal desinveste neste sector e multiplica as auto-estradas.
Haja quem se insurja contra este criminoso “descarrilamento” da CP!...
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Ao contrário do que alguns possam pensar, eu gosto de comboios.
Por mais do que uma vez, quando era mais jovem, corri a Europa de comboio, de Norte a Sul.
E sou um utilizador frequente da CP, sobretudo dos comboios Alfa e Intercidades.
Ao longo dos últimos 12 anos, por razões profissionais, fui fazendo, pelo menos, duas viagens semanais, entre Coimbra e Lisboa.
Nos primeiros anos, à entrada na carruagem eram-nos oferecidas uma bebida e uma revista (ou um jornal). Havia também a possibilidade de nos servirem almoço ou jantar no próprio lugar.
Tudo isso desapareceu.
O serviço degradou-se, os horários quase nunca são cumpridos, a forma como os passageiros são tratados nem sempre é a mais correcta.
Como se isso não bastasse, também agora se suscitam questões de segurança, como o lamentável acidente ocorrido ontem (dia 28), em que um comboio atropelou e matou uma centena de ovelhas na zona de Montemor-o-Velho. Como é possível que não haja protecções ao longo das linhas que impeçam os animais de se aproximar? Desta vez só morreram as pobres das ovelhas. Mas da próxima o desfecho pode ser mais trágico.
Numa altura em que os países mais avançados investem na ferrovia, unanimemente considerada como o mais ecológico, o mais seguro e o mais económico meio de transporte, Portugal desinveste neste sector e multiplica as auto-estradas.
Haja quem se insurja contra este criminoso “descarrilamento” da CP!...
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JORGE CASTILHO es -entre otras muchas cosas- :
Presidente do Conselho Consultivo en Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
Presidente Mesa da Assembleia Geral APPACDM Coimbra
Presidente Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra
Fue Director en Associação Portuguesa de Imprensa
Fue Profesor en Escola Secundária José Falcão, Coimbra
Fue Director ejecutivo en Jornal da Universidade de Coimbra
Fue Director general de las empresa en Jornal de Coimbra
Fue Director de la radio TSF / Coimbra
Fue Director en Diário de Coimbra
Etc, etc, etc....



