Parlamento portugués ordena al Gobierno que reabra la línea férrea del Douro hasta la frontera con Salamanca
En la imagen de Wikipedia, vemos una estación de Barca D´Alva, final de la línea antigua del Douro por parte portuguesa, abandonada... en deterioro... habría que recuperarla, claro está...
Como dice nuestro correligionario en esto de la pasión por la ferrovia, Artur Jorge :
"Depois de 37 anos, o comboio pode voltar ao Douro Interior — e levar consigo uma nova esperança para o território e para o turismo local. Da promessa ao orçamento: a reabertura do troço Pocinho–Barca d’Alva deixa de ser plano pendente e torna-se uma obrigação estatal"
Esta es la última hora que de Portugal nos llega. El tren, cuando así sea, morirá -es un decir- en la frontera, porque del lado español, nada de recuperar la vía de Salamanca hasta allí, Barca D´Alva... ¡Qué pena!
LA REVISTA "Publiracing" lo ha explicado todo detalladamente :
Parlamento portugués inscreve no OE 2026 reativação do troço e abre caminho para obras, sinalização e reabilitação da ferrovia — emblemática ligação volta a ganhar força 37 anos após encerramento.A reabertura da secção da Linha do Douro entre Pocinho e Barca d’Alva foi oficialmente aprovada esta semana, com a sua inclusão no Orçamento do Estado para 2026. A proposta, apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE), impõe ao Governo (que votou contra) o lançamento dos procedimentos necessários para obras de reabilitação, instalação de sinalização eletrónica e reabertura da via — num passo que muitos consideravam essencial para o interior e a coesão territorial, além da importância como rota turística.
Por que volta a linha a ganhar fôlego
O troço entre Pocinho e Barca d’Alva, com cerca de 28 km, havia sido desativado em 1988, no contexto de desinvestimento nas vias férreas e expansão das estradas. Desde então, autarquias, municípios, associações locais e especialistas defendem o seu retorno, apontando para o potencial turístico e económico da região, bem como para a revitalização das populações do interior.
Em 2022, um estudo conjunto da Infraestruturas de Portugal (IP) e da CCDR-Norte concluiu que a reabilitação era viável técnica e ambientalmente — relatório que serviu como base para as decisões políticas recentes.
Na proposta aprovada, o Estado compromete-se com a realização de «todos os procedimentos, obras e instalação dos sistemas de sinalização e infraestrutura necessária» para permitir o regresso da circulação ferroviária.
O que está agora em causa — próximos passos e expectativas
Procedimentos e obras: A relança da linha implica reabilitação da via, túneis, pontes, estações e sinalização eletrónica — intervenções essenciais, após décadas de abandono.
Sinalização e segurança: A instalação de sistemas modernos deverá garantir condições seguras para circulação de passageiros e mercadorias.
Prazo de implementação: Com a inclusão no OE 2026, o arranque dos procedimentos depende da programação orçamental e da calendarização dos concursos públicos — mas a aprovação marca um ponto de viragem.
Impacto regional: A reativação poderá potenciar turismo, facilitar mobilidade e reforçar a coesão territorial no interior do país — aspetos que têm sido frequentemente invocados por autarcas e populações locais.
Histórico de promessas, estudos e reivindicações
Desde o encerramento do troço em 1988 que diversos governos, entidades regionais e associações de cidadãos reclamavam a reabertura da via. Em 2009 foi assinado um protocolo de intenções; em 2021 a Assembleia da República aprovou moções a favor da reativação; em 2022 o estudo técnico demonstrou viabilidade; e agora, em 2025, a reabertura foi inscrita formalmente no documento orçamental.
Apesar da expectativa, têm existido vozes críticas que questionam a sustentabilidade do projeto, frequentemente apontando como fundamental para parar a despovoação do interior e necessário para garantir investimento a longo prazo.
O que muda com esta aprovação
Retoma da ligação férrea à Barca d’Alva — para passageiros, mercadorias e turismo.
Nova vida para o interior e promoção turística — reforço de acessibilidades, com potencial impacto em municípios do alto Douro e interior transmontano.
Sinal claro de prioridade política e orçamental — a inclusão no OE 2026 demonstra empenho imediato do Estado, mas dependerá agora da execução.
Possibilidade de reconectar a rede ferroviária luso-espanhola — embora a reabertura até Espanha ainda dependa de negociações bilaterais.
