PORTUGAL - Searinhas do Menino Jesus. Presépio tradicional algarvio, em escadinha. Searinhas, laranjas, velas, e o Menino Jesus. PORTUGAL - ...
PORTUGAL - Searinhas do Menino Jesus. Presépio tradicional algarvio, em escadinha. Searinhas, laranjas, velas, e o Menino Jesus. |
PORTUGAL - Searinhas do Menino Jesus.
Uma tradição que ainda hoje se cumpre no Alentejo é a sementeira das “Searinhas do Menino Jesus”, que se efectua cerca de um mês antes do Natal.
Consiste esta tradição em lançar, em pequenos recipientes (pires ou chávenas) alguns grãos de trigo que são humedecidos com água para germinar, após o que são diariamente borrifados com a mesma, a fim de os rebentos se manterem viçosos.
As searinhas são utilizadas no presépio e no oratório, assim como são levadas à mesa da Consoada, na crença de que o Menino Jesus abençoe o trigo, de modo que nunca falte pão em casa e na mesa.
Parece não restarem dúvidas que se trata de mais um aproveitamento cristão duma tradição pagã.
Na verdade, a festa pagã do solstício de Inverno que comemorava o renascimento do Sol, foi substituída pela festa cristã do Natal, que celebra o nascimento de Cristo.
Daí que usos e costumes que lhe estavam associados tenham sido adaptados ao Cristianismo, pelo que são reminiscência das antigas crenças.
As famílias semeiam estas searas de trigo no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição.
Estas searas crescem, até estarem bonitas no dia de Natal, altura em que são colocadas no presépio da casa, perto do estábulo
onde está a imagem do Menino Jesus.
Cobria-se uma cómoda com uma toalha branca, bordada ou rendada, e sobre ela dispunha-se uma estrutura piramidal em escada feita com as medidas do trigo, igualmente coberta por panos de linho dispostos de forma a mostrar os lavores.
Nos degraus deste trono, dispunham-se então os pratinhos com
as searinhas viçosas e as laranjas; às vezes, também, maçãs, laranjas, castanhas e nozes.
Frutas da época e que eram quase sempre os únicos presentes
do sapatinho e que se ofereciam às visitas no dia de Natal.
À volta, ornamentava-se a sala com jarras com ramos de laranjeira, loureiro, murta, nespereira.
Ou dispunha-se a verdura em arco, a emoldurar o trono.
Nestes presépios, o Menino era o Salvador do Mundo, com os atributos reais do cetro e da coroa, um manto sobre a camisinha
de seda ou de linho, o globo ou a cruz na mão esquerda, enquanto a direita se erguia a abençoar.
Ao lado, ficava a lamparina de azeite que se mantinha acesa desde esse dia até à festa dos Reis.
Depois das festas, as searinhas, que tinham sido abençoadas pelo Menino, eram deitadas à terra para providenciar as boas colheitas.
Uma tradição que ainda hoje se cumpre no Alentejo é a sementeira das “Searinhas do Menino Jesus”, que se efectua cerca de um mês antes do Natal.
Consiste esta tradição em lançar, em pequenos recipientes (pires ou chávenas) alguns grãos de trigo que são humedecidos com água para germinar, após o que são diariamente borrifados com a mesma, a fim de os rebentos se manterem viçosos.
As searinhas são utilizadas no presépio e no oratório, assim como são levadas à mesa da Consoada, na crença de que o Menino Jesus abençoe o trigo, de modo que nunca falte pão em casa e na mesa.
Parece não restarem dúvidas que se trata de mais um aproveitamento cristão duma tradição pagã.
Na verdade, a festa pagã do solstício de Inverno que comemorava o renascimento do Sol, foi substituída pela festa cristã do Natal, que celebra o nascimento de Cristo.
Daí que usos e costumes que lhe estavam associados tenham sido adaptados ao Cristianismo, pelo que são reminiscência das antigas crenças.
As famílias semeiam estas searas de trigo no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição.
Estas searas crescem, até estarem bonitas no dia de Natal, altura em que são colocadas no presépio da casa, perto do estábulo
onde está a imagem do Menino Jesus.
Cobria-se uma cómoda com uma toalha branca, bordada ou rendada, e sobre ela dispunha-se uma estrutura piramidal em escada feita com as medidas do trigo, igualmente coberta por panos de linho dispostos de forma a mostrar os lavores.
Nos degraus deste trono, dispunham-se então os pratinhos com
as searinhas viçosas e as laranjas; às vezes, também, maçãs, laranjas, castanhas e nozes.
Frutas da época e que eram quase sempre os únicos presentes
do sapatinho e que se ofereciam às visitas no dia de Natal.
À volta, ornamentava-se a sala com jarras com ramos de laranjeira, loureiro, murta, nespereira.
Ou dispunha-se a verdura em arco, a emoldurar o trono.
Nestes presépios, o Menino era o Salvador do Mundo, com os atributos reais do cetro e da coroa, um manto sobre a camisinha
de seda ou de linho, o globo ou a cruz na mão esquerda, enquanto a direita se erguia a abençoar.
Ao lado, ficava a lamparina de azeite que se mantinha acesa desde esse dia até à festa dos Reis.
Depois das festas, as searinhas, que tinham sido abençoadas pelo Menino, eram deitadas à terra para providenciar as boas colheitas.
Teresa Pereira Teixeira