O diretor do AECT Rio Minho defendeu esta semana a necessidade de concretização das grandes infraestruturas rodoviárias que permitirão potenciar o investimento na rede ferroviária de alta velocidade, entre o Porto e a cidade galega de Tui.

Rui Teixeira, citado numa nota enviada à imprensa referente à reunião que hoje manteve com a presidência da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), apontou “a conclusão do Itinerário Complementar 1 (IC1) até Valença com ligação a Monção e à Autoestrada 52 (A52), na Galiza, servindo a Plataforma Logística Industrial de Salvaterra – As Neves (PLISAN) e a estação Ave [comboio de alta velocidade] Madrid – Ourense”.

O diretor do AECT-Rio Minho, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo, defendeu ainda a requalificação da Estrada Nacional (EN)101, de Valença até Monção, e da EN 202, de Monção até São Gregório, em Melgaço.

Destacou também a melhoria do Itinerário Complementar 28 (IC28) até fronteira da Madalena, no Lindoso, Ponte da Barca, considerada a única porta de entrada do Alto Minho à província de Ourense, na Galiza, prevista há mais de uma década.

Para o autarca socialista, esta ligação “contribuirá para ligar o Alto Minho às redes rodoferroviárias principais de ligação a Madrid e ao centro da Europa (nomeadamente, estação do AVE linha Orense-Madrid e à autoestrada A52”.

O diretor do AECT Rio Minho classificou aquelas infraestruturas rodoviárias como prioritárias para a cooperação transfronteiriça e integração socioeconómica da eurorregião Galiza-Norte de Portugal.

No âmbito do programa de cooperação transfronteiriço INTERREG, cuja consulta pública do período de programação 2021-2027 já terminou, Rui Teixeira indiciou como “grandes prioridades” do AECT-Rio Minho a “valorização dos recursos locais do território transfronteiriço, o fortalecimento dos mecanismos de mobilidade e a eliminação dos custos de contexto transfronteiriço”.

“É a bacia de emprego mais relevante entre Portugal e Espanha, com cerca de cerca de 13.000 trabalhadores transfronteiriços, e uma verdadeira área funcional transfronteiriça. Este programa tem de reforçar o apoio a estes territórios que tanto sofreram nos últimos dois anos com o encerramento de fronteiras na sequência da crise pandémica causada pela covid-19”, argumentou.

O diretor do AECT Rio Minho entregou ao presidente da CCDRN, um documento técnico que o agrupamento europeu submeteu no âmbito da consulta pública do INTERREG, que terminou no passado dia 20, e onde constam “os principais pontos críticos no processo de elaboração e desenvolvimento deste programa de apoio à cooperação transfronteiriça”.


Para Rui Teixeira no basta lograr un tren veloz entre Porto-Braga-Valença-Vigo. Es necesario complementar el nuevo ferrocarril con sensibles mejoras en forma de carreteras rápidas en la zona del Alto Minho (Foto : Araújo Maceira)